sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Como se o mundo estivesse nas tuas mãos

Colégio enche o saco.
E tudo o que eu queria é ir embora.
É como um grande saco de merda e uma hora ele vai rasgar. E não tem como salvar.
Daí quero ver.
Nos corredores tem cartazes descriminando o que um dia eu serei.
Nos corredores do abismo tem borboletas e felicidade.
Tem sorriso e olhos negros.
E as paredes são sujas.
Pudera eles saber que a tal felicidade é mito.
Pelo menos por aqui.
Os olhares deles queimam.
E tudo o que eu queria é ir embora.
A geração da poltrona é tipo cerveja.
Fabricadas iguais. Só muda o rótulo. E dentro é a mesma merda.
Ele me conta. Ele sempre me conta.
Tenho nojo do carinho e dos beijos deles.
O ofício é viver por lábios.
E o que sabem crianças sobre amor? Se no fim é só sexo.
E tudo o que eu queria é que Julho voltasse. Ah sol de julho. Traga-me de volta seu amor.
Maravilhoso porque é...
Ele sempre me conta.
Me sinto só.
Ele diz.
Mas de que importa morrer mais uma vez esta noite se ninguém vira me segurar do abismo? Ninguém vira me salvar.
Volta Julho...
Me perdoa Julho.
Se eu soubesse não teria lhe deixado dúvidas.
Não teria.
Onde Marte ama Marte. E Vênus pode passear de mãos dadas com Vênus sem se preocupar...
Eu acredito.
E que se foda.
Sinto falta de ele.
Volta Julho...

Nenhum comentário:

Postar um comentário